Ganhador do ®Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010, O Segredo dos Seus Olhos está em cartaz na próxima terça, 12/3, às 20h – produzido em 2009 e dirigido por Juan José Campanella, o longa é baseado no livro La Pregunta de sus Ojos, de Eduardo Sacheri e retrata temas ligados ao período da ditadura militar argentina.
Benjamín Espósito é um ex-servidor da justiça penal argentina, que
aproveita o tempo livre para escrever um romance. Para tanto busca
inspiração em um caso real, ocorrido há 25 anos e que sempre lhe
comoveu: o brutal estupro seguido de assassinato da jovem, Liliana
Colotto.
Na época, Espósito aceitou cuidar do caso a contragosto, uma vez que ele
seria da alçada de outra seção. Ao deparar-se com o estado do cadáver,
todavia, passou a nutrir certa obsessão para esclarecê-lo. É com fúria
que reage ao notar que os homens presos pelo crime são humildes e
inocentes operários que foram torturados para confessar.
Decidido a reescrever de forma justa o passado Benjamín recorre à
memória e aos primeiros passos da investigação. A partir daí se
desenrola uma surpreendente história, que levará o personagem a
questionar as trajetórias cruzadas de seu país e de sua vida. Lembranças
de amor, morte e amizade o farão repensar definitivamente seu futuro.
O thriller policial que mistura paixão e assassinato foi escrito pelo próprio Ricardo Darín,
o ator argentino também personifica o homem disposto a escrever um
livro. Darín é um dos maiores nomes do cinema de seu país e onipresente
nas últimas produções de destaque do país vizinho. Participam também os
atores Soledad Villamil, Guillermo Francella, Pablo Rago e Javier Godino.
Tenso e com uma intrincada análise psicológica de seus personagens, O Segredo dos seus Olhos preza
por um conjunto que engloba atuações de peso, impressionares efeitos
visuais (especialmente na maquiagem) e fotografia, que abusa da
profundidade do bem-feito plano sequência e das cenas em desfoque.
Foi o terceiro longa latino-americano a receber o ®Oscar de melhor filme estrangeiro. O primeiro foi o brasileiro Orfeu Negro e o segundo foi o também argentino La historia oficial.
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