quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

10 ótimas novas séries de 2014

Com uma enxurrada de novas produções lançadas esse ano, chegou a hora de filtrar e listar quais foram as melhores novas séries de 2014. Como critério escolhemos apenas programas que já foram renovados ou que não correm risco iminente de cancelamento.

Confira abaixo as novatas que salvaram o ano.

10. The Flash (CW)
The Flash quebrou os recordes da CW em audiência, só isso já valeria uma menção da série aqui neste TOP, porém, não é apenas como um bom número que ela figura no rol das melhores novatas do ano. Com um roteiro muito bem feito ela é praticamente a transposição de uma história em quadrinhos para a televisão. Sofre do estigma de viver no mundo de uma emissora teen, com problemas as vezes um tanto quanto banais, mas cumpre o quesito mais cobrado por qualquer apreciador de séries, ela entrete. Seu ritmo é extremamente acelerado e isso não é uma piada com o Corredor Escarlate, realmente, The Flash consegue cobrir um terreno muito amplo em termos de narrativa e resolução de problemas.

Um dos melhores aspectos é sua forma sutil de trabalhar personagens saídos da nona arte, sem parecer apenas fanservice, ou cobrando de quem acompanha um conhecimento maior do material de origem. Entre Flash Reverso, Wells, Iris e Barry, muito ainda vai acontecer nessa que foi uma das mais agradáveis surpresas de 2014. Isso sem mencionar os efeitos especiais, que são de deixar qualquer um de queixo caído. Um panteão de vilões formidáveis sendo construído e muito, muito drama, são os elementos que tornarão Barry Allen no ícone que The Flash sempre foi. Que as portas estejam sempre abertas para o fundador da Liga da Justiça e que mais embates entre Flash e Arrow pipoquem na tela, afinal, é para isso que nós estamos aqui.

9. How To Get Away With Murder (ABC)
Uma série que tenha Shonda Rhimes no desenvolvimento e que passe na sua quinta-feira de praxe – Shondaland’s TGIT. Uma série que tem Viola Davis, seguindo os grandes atores que estão migrando para a televisão. Uma série que tem um assassinato desvendado logo no piloto, mas que o motivo dele é só a ponto do novelo mais embaraçado da Pensilvânia (os pupilos de uma professora matam seu marido, sobre o qual recai a suspeita de matar uma ex-aluna, que estava grávida, supostamente dele). Qual dessas três séries te deu vontade de assistir em 2014? How To Get Away With Murder é a junção dessas três peculiaridades.

O que vimos nesse ano foram nove episódios que cruzavam para o espectador o futuro e o presente – o assassinato e as condições do pessoal envolvido neste crime –, além é claro de aulas e casos práticos de como sair impune de um assassinato, como bem dita o título da série. A maestria do roteiro será consolidada ou massacrada nos próximos episódios, quando percebermos se a série deixou furos ou saídas criativas para a narrativa, como, por exemplo, o policial que viu os meninos saírem com um corpo enrolado no tapete, o anel de Michaela ou câmeras de segurança pelos locais que o Keating’s 5 passaram. Se você ainda não começou a ver, corre porque a série te presenteia com uma nova manipuladora da advocacia, seja na vida pessoal (é arrebatadora a discussão último episódio bem como a sua mensagem no celular para o marido), vida acadêmica (pois os alunos que vivem com ela, abrem a porta da geladeira e da casa, invadem ela de noite, faz ela de gato-sapato, como se fossem filhos, que ela não tem) e na profissional (ela discutindo no tribunal no caso do senador é muito amor), #FaustãoFeelings.

A protagonista de Viola é sozinha um grande motivo para ver a série (se você dormiu profundamente durante o ano), mas ela ainda conta com alguns bons desenvolvimentos de personagens, além de participações especiais que valem a pena. A cena dela, no quarto episódio, retirando toda a sua máscara de advogada bem sucedida para esposa fracassada foi umas das mais marcantes do ano. Reflexo disso, ela já está marcando presença nas listas de premiações da temporada.

8. Jane the Virgin (CW)
Nunca uma série surpreendeu tanto como Jane the Virgin. Baseada levemente em uma novela venezuelana de mesmo nome era, Jane era dada como flop certo, algo que todo mundo apostava contra. A série conta com um texto ágil, ácido e irônico, que brinca com todos os clichês das novelas latinas (especialmente as mexicanas) e se aproveita disso para realizar uma auto referência metalinguística encantadora. Narrador de voz sexy, novela dentro da novela, inserções visuais instigantes tudo num conjunto totalmente irresistível sem esquecer o drama necessário, tratando de temas espinhosos de maneira leve e divertida. A atuação de Gina Rodriguez casa belamente com a personagem, uma jovem virgem inseminada acidentalmente, que entra numa espiral de confusões sem nunca perder o bom humor. Leve, carismática e simpática Gina torna quase impossível o espectador não se apegar a história e a personagem.

Os coadjuvantes são tão interessantes quanto, às vezes roubando a cena, com destaque para megera/ inimiga de Jane, Petra (Yael Grobglas), que mesmo sendo a vilã consegue cativar, e o pai biológico surtado da protagonista Rogelio de la Vega (Jaime Camil) um super astro de telenovelas (e o ator que o representa também é!) que não tem a mínima noção das pessoas ao redor, rendendo momentos de megalomania impagáveis. Uma aposta arriscada da CW, mas que se mostrou lucrativa e inteligente, vide a quantidade de buzz que a série gerou, além das inéditas indicações ao Globo de Ouro (atriz em comédia e série de comédia), algo nunca conseguido pelas outras séries do canal (mesmo as mais lucrativas não conseguiram tal façanha), Jane the Virgin é uma grata surpresa, uma figurinha carimbada em todas as listas que pipocam pela internet a fora. Definitivamente merece ser vista, é uma mistura bem casada de comédia e drama com pitadas de humor inteligente e sagaz, e corra por sua própria conta o risco de viciar instantaneamente!

7.  Halt and Catch Fire (AMC)
Certa vez li um artigo que citava que a principal virtude de The Walking Dead era trazer rios de dinheiro para que a AMC pudesse desenvolver séries de qualidade para um nicho extremamente específico e não ter que se preocupar com os índices de audiência das mesmas. Até este ano, esta “gordura” não era exatamente bem empregada (que me perdoem os fãs de Hell on Wheels), mas 2014 nos trouxe a ótima Turn e, principalmente, Halt & Catch Fire, uma das maiores (se não a maior) surpresa deste ano. E, para surpresa dos analistas de renovação/cancelamento, ambas estão renovadas.

E o tal nicho específico de telespectadores é realmente restrito: programadores de computador velhos e saudosista, classe que, aliás, eu pertenço. E quantas foram as lembranças que esta série me trouxe… Desde o desenvolvimento de um RPG em modo texto, passando pelo encantamento da primeira tela colorida e dos primeiros sons proferidos por uma voz sintetizada, até o sonho máximo de ir até a Comdex, em Las Vegas.

Boa parte dos Série Maníacos que estão lendo este texto agora, certamente não compartilham da mesma nostalgia desta era computacional jurássica, onde nem HD os computadores tinham (alguém sabe o que é um disquete de 5 1/4”?), mas esta temporada nos apresentou muito mais do que isto. Ela nos colocou dentro da cabeça de Gordon e Donna Clark que, em meio à construção do primeiro notebook em realidade, mostrou o quanto foi complicada à ascensão das mulheres no mercado de trabalho nos anos 80 e, ainda que rasamente, pegamos carona na mente embebida em drogas e códigos de Cameron, que também teve a sua parcela de problemas por ser mulher e gênio da programação neste mesmo mundo machista. Só não conseguimos, enfim, penetrar o cérebro de Joe e tivemos que nos contentar em acompanhar suas atitudes ilógicas e imprevisíveis.

Depois da ótima comédia nerd Silicon Valley, todos os nerds do mundo agradecem demais a estreia com chave de ouro de Halt & Catch Fire e que venhamos outras produções do mesmo tema e nos mesmo nível em 2015.

6. Kingdom (Audience Network)
Kingdom foi uma bela surpresa em 2014. Hoje em dia me vejo tão sem esperança quanto a séries novas, que mal acredito no tanto que gostei de Kingdom. A série da emissora por satélite estadunidense, “Audience Network” (propriedade da DirecTV), foi criada por Byron Balasco e acompanha a rotina de uma família de lutadores de MMA, os Kulinas. Antes de mais nada, acho justo e importante dizer que não sou fã e também não entendo muito de MMA, mas o melhor, é que você não precisa realmente entender e/ou gostar de MMA para apreciar Kingdom. As lutas não passam de um pano de fundo para o drama apresentado pela família Kulina e das pessoas ao redor. O ponto forte da série é a dinâmica familiar e a disfuncionalidade dessas pessoas tão poderosas dentro do ringue (ou cage), mas tão fraca fora dele. Antes da estreia oficial, eu li algumas reviews, todas falando muito bem da série, mas, o que realmente me fez querer conferir foi a renovação para mais duas temporadas de uma vez só. Isso mesmo, antes mesmo da estreia da primeira temporada, Kingdom já havia sido renovada para mais duas. Como não ficar curiosa quanto a isso?

Ok, estamos falando de um emissora que não deve ter lá grande audiência e qualquer coisa é lucro, mesmo assim, o marketing e a confiança da emissora na série funcionou, ao menos para mim. E posso dizer que não me arrependi nem um pouco em dar uma chance para a série, muito pelo contrário. Não conferi muitas séries novas em 2014, e das que conferi, Kingdom é de longe a minha favorita, e merece muito esse lugar aqui na lista de melhores estreias de 2014. O roteiro apresentado é rico, com diálogos acelerados, dinâmicos e inteligentes. Todos os dez episódios dessa primeira temporada são consistentes e eu realmente não consigo lembrar de um que tenha sido ruim. As situações apresentadas são extremamente críveis. O elenco se entregou de corpo e alma à seus personagens. Destaque especial, e merecido, para Frank Grillo e Jonathan Tucker. Tucker, inclusive é a alma da série, mesmo que seu personagem seja, por muitas vezes, o mais disfuncional de todos. E pasmem, até o Jonas Brother (Nick Jonas) está muito bem. A série é cheia de drogas, sexo, brigas familiares, segredos, falhas de caráter e derrotas, mas também é repleta de amor, amizade, vitórias e principalmente de perseverança. Na season finale, a seguinte frase é dita: “A maioria dos caras fogem das lutas, porque eles não querem a resposta para a inevitável pergunta sussurrada para si próprio – sou um dos fracos ou sou um dos fortes?”, essa frase consegue captar muito bem o espírito de Kingdom.

5. The Affair (Showtime)
Apostando em uma estrutura narrativa inédita e entrelaçando um misterioso assassinato com o caso extraconjugal entre Alison e Noah, The Affair é uma série instigante e imprevisível que não permite comparações fáceis com qualquer outro show em exibição atualmente. Camadas de verdades e mentiras se sobrepõem desgovernadamente, e em conjunto com a magnífica atuação de Ruth Wilson a incerteza sobre o futuro da série se faz marcante: ultimamente está muito fácil traçar os caminhos futuros de um seriado com base no chute. The Affair é uma nova aventura a cada episódio, e mesmo que os diferentes pontos de vista às vezes cansem e tragam à tona questões desagradáveis sobre sua engenhosidade, o trabalho dos protagonistas (ambos ingleses) é imperdível .

A série embarca num jogo psicológico de conquistador e conquistado onde cada um possui uma versão diferente para a história, trazendo uma aura extremamente pessoal para a história e brincando com a memória humana. The Affair é totalmente aberta a questionamentos, e por ser tão singular é que ela merece um lugar nessa lista.

4. Penny Dreadful (Showtime)
Vez ou outra emerge um tipo de entretenimento na TV que consegue compilar tudo o que você gosta e repudia em um só conjunto. Depravada, suja, decadente, exagerada, sangrenta, nojenta e demoníaca, Penny Dreadful conseguiu, a partir de sua equipe criativa de peso (e bota tonelada nisso) se colocar como um dos grandes destaques de 2014. A série juntou a pretensão, o novelesco, o sexo, as sexualidades, vampiros, monstros e demônios e criou uma salada narrativa desconexamente coesa que, mesmo tropeçando cá e lá, compôs um universo interessantemente exagerado e cativante. Penny Dreadful é barata da mesma forma que as publicações vitorianas que lhe serviram de inspiração.

Apesar de vermos os figurinos pomposos, os cenários imponentes e luxuosos, a fotografia esfregava em nossa cara e fazia com que predominasse a sujeira, a miséria, o sufoco daquela Inglaterra decadente do passado. A narrativa titubeou em determinados momentos, como é comum em projetos com grandes elencos, mas conseguiu costurar diversos personagens clássicos e adorados por leitores de todo o mundo de forma frenética e até esquizofrênica, fazendo com que vibrássemos até mesmo quando coisas pequenas e previsíveis, como o despertar do Monstro de Frankenstein, nos eram apresentadas.

E, se há um elemento soberbo, irretocável e inquestionável na série é seu elenco, com destaque para Eva Green, merecedora de todos os prêmios possíveis. Como um verdadeiro fenômeno-da-natureza-força-motriz-do-universo-fumaça-preta-da-ilha-de-Lost, a atriz zerou e deu reset no mundo das séries repetidas vezes, transpondo de forma intensa e hipnotizante o desespero, o desequilíbrio, a dor, a inveja, a excitação, a sexualidade, a mesquinhez, o demoníaco, a coragem e o terror absoluto daquele universo. Houve o terror em Penny Dreadful e ele se manifestou pelo corpo da atriz de todas as formas possíveis e, por essa e todas as outras razões supracitadas, a série está presente entre as melhores estreias de 2014.
3. Outlander (Starz)
Com um elenco competente, um discurso fortemente feminista e hora ou outra invocando o relativismo cultural, Outlander chegou para compor a grade de séries de qualquer série maníaco que goste de uma boa adaptação literária. O show, apesar de fiel ao livro, vai além das informações das páginas da obra original e traz como recursos narrativos, flashbacks e plots adicionais que completam a escrita da Senhora Diana Galbadon e presenteia os fãs mais antigos de Claire Beauchamp e Jaime Fraser. Não bastasse as belas paisagens das Highlands escocesas e as ótimas interpretações, ainda somos tomados por uma história envolvente, onde os caminhos a serem tomados são construídos pelas escolhas feitas e as surpresas encontradas na estrada podem alterar constantemente o destino final. Assim, entre metáforas e poesia pura, entre o fantástico e o realismos cru, Outlander se garante como um ótimo seriado.

2. The Knick (Cinemax)
A vida dos cirurgiões, enfermeiras e todos aqueles que orbitavam o Knickerbocker, Hospital na Nova York no inicio do século XX, gestando no processo o nascimento e desenvolvimento da medicina moderna. Pesada, imageticamente visceral, poeticamente violenta, a investida de Steven Soderbergh na televisão é um “must see” de qualquer série maníaco. O texto coeso de Jack Amiel e Michael Begler prende você do começo ao fim e pontua os principais fatos e revoluções que proporcionaram o estado de arte da medicina de hoje. A atuação de Clive Owen (não à toa ele foi indicado como melhor ator no Globo de Ouro 2015) é de uma magnitude impar ao retratar o Dr. John Thackery. Workaholic, viciado, brilhante, Thackery não poupa esforços, próprios ou alheios para conseguir o que deseja: eternizar seu nome na medicina, destruindo todos que estiverem no seu caminho no processo. Vale pontuar também as atuações de André Holland como o Dr. Algernon Edwards, um dos primeiros cirurgiões negros e de Cara Seymour como a Irmã Harriet e sua dualidade trazer/ destruir vidas.

Preconceito, opressão de classes e gêneros, surtos de doenças, tudo é retratado com um realismo incômodo e sem nenhuma cerimônia, com uma crueza palpável e assombrosa. Esqueça as séries médicas assépticas de hoje em dia, em The Knick a ferida é aberta e remexida com a mão nua e o sangue escorre abundantemente.

Uma reconstrução de época minunciosamente fundamentada na história do período, atuações competentes, uma trilha sonora absurdamente envolvente (e eletrônica!), The Knick foi uma das estreias mais surpreendentes do ano, um pacote completo de drama e história, que merece ser visto e revisto por todos. Uma obra que figura na lista do American Film Institut de melhores séries do ano e também aqui no nosso segundo lugar.

1. The Leftovers (HBO)
Pessoas morrem, nascem, reproduzem, a vida segue um curso infinito de repetições e parece sempre que nada no universo será tão incólume quanto a vida na terra. Porém, um dia, 2% da população do mundo desaparece instantaneamente e coloca a ordem estabelecida das coisas num imenso impasse. Será esse o arrebatamento previsto pelas crenças religiosas ou apenas um fenômeno sobrenatural de natureza desconhecida? Uma coisa é certa: existe algo maior em algum lugar… O problema é que esse algo maior não parece compartilhar dos nossos dogmas.

Essa é a premissa da série The Leftovers, baseada na obra de Tom Perrota, que junto com Damon Lindelof, assina esse projeto controverso da HBO. Desde sua estreia a série tem sido uma daquelas produções que conseguem sofrer todo tipo de defesa e ataque que ronda o nosso mundo série maníaco. Fãs acham a incisividade da estética muito enriquecedora… Detratores acham que é pretensiosa. Fãs acham a dramaturgia muito bem estruturada… Detratores acham que é confusa e preguiçosa. O que o programa conseguiu, enfim, foi passar sendo percebido, discutido e analisado.

A série usa a família do policial Kevin para contar a perspectiva da cidade de Mapleton perante o ocorrido naquele dia. Kevin não teve nenhum membro da família desaparecido, mas agoniza as consequências do Dia da Partida como se tivesse perdido todos. A filha está num estado de conflito internalizado, o filho uniu-se a uma espécie de Messias e a esposa foi para uma comunidade que acredita que a sociedade precisa se reconfigurar depois do ocorrido, e não esquecer e continuar.

Com uma direção sensível, mas muito agressiva, The Leftovers flerta com o mistério do arrebatamento, mas foca muito mais no quanto o ser humano foi desnorteado pela informação de que o mundo foi atacado por uma força invisível que escolheu uns e deixou outros para sofrerem essas perdas. A série se concentra em quem ficou, dividindo-se em avaliar os sentimentos de quem quer esquecer e de quem não consegue parar de lembrar. Sua primeira temporada foi segura, bem planejada e deixou para a posteridade alguns quadros e sequências que são belíssimos justamente porque desvendam poesia no meio de tanto caos psicológico.

Já sabemos que em nome da audiência (a HBO não é mais a mesma) a segunda temporada sofrerá ajustes. Sendo assim, vou desfrutar desse primeiro lugar com todo prazer, porque não sabemos onde essas mudanças vão nos levar no ano que vem. The Leftovers foi o investimento artístico mais ousado e perturbador do ano de 2014, sem dúvida.

Menção Honrosa: Gotham (FOX)
A qualidade visual de Gotham antecede a exibição do seu piloto com seus magníficos promos 3D jamais feitos antes para uma série de televisão. Todo esse investimento é justificado pelas centenas de milhões de fãs do universo de Batman que colocariam seus olhos críticos em cada detalhe desta nova aposta da FOX.

E Gotham acabou acertando no alvo não somente para os fãs, mas pra todos os amantes de uma boa série policial. Confesso que não estava completamente seguro disso, pois achava que ela tinha sido descaradamente feita para leitores de quadrinhos e profundos conhecedores do universo do morcego. Acabei convencido que isto não era verdade com o argumento de que tudo é muito explícito e didaticamente explicado: não basta ter um legista com o nome E. Nygma, ele tem que fazer Charadas o tempo todo, nem tampouco aparecer uma menina ruiva cuidando de vasos misteriosos, mas sim mostrá-la novamente num momento aleatório, somente para nomeá-la de Ivy. Estes easter eggs, no entanto, foram sabiamente apresentados, primeiro que os fãs tivessem o prazer da descoberta e, em seguida, para os curtidores ocasionais se alinharem com as mesmas informações.

Além desta inundação de referências a todos os universos do Batman conhecidos – desde os quadrinhos clássicos até a trilogia do Nolan, o principal sucesso desta primeira metade de temporada é a perfeita aplicação fórmula, em que uma série é composta por casos da semana e tem um plano mestre constantemente desenvolvido e, no final, descobre-se que tudo está, de alguma forma, relacionado. O assassinato dos Wayne é muito bem trabalhado como mote principal e em 10 episódios conseguiu um desenvolvimento surpreendente e constante acima do esperado e tem como “pano de frente”, a ascenção do melhor personagem de série incontestavelmente: o Pinguim. Todas os aplausos do mundo para a estupenda interpretação de Robin Lord Taylor, que nos entrega o melhor Osvald Cobblepot de todos os tempos!

Eu até escreveria de seus poucos defeitos (sim, Harvey Dent, eu estou falando de você!), mas acabou o meu espaço (risos).

E para você? Quais foram as estreias de 2014 que valeram a pena que seguem na sua grade de programação para 2015?

Fonte: 1


2 comentários:

  1. Faltou The Strain (a melhor coisa sobre vampiros em anos); True Detective e Fargo duas das melhores de 2014 e Helix e Last Ship são legais.

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  2. Poh, o cara saber qual as 10 melhores series só de 2014 . Tu tem tempo mesmo heim brother .

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