quinta-feira, 13 de agosto de 2015

10 Fatos curiosos e desconhecidos sobre o primeiro Mad Max

O avô de todos os filmes de ação distópicos, Mad Max explodiu nos cinemas em 1979. Em toda a sua glória vestindo uma roupa de couro pesada, mudando o gênero para sempre. Influenciado pela crise do petróleo de 1973, que causou muita violência pros motoristas em todo o mundo, Mad Max descreveu um mundo desolado com longos trechos de rodovias interrompidas e abandonadas pela civilização. Os restos de uma força policial forte, a MFP – Main Force Patrol – faz o seu melhor pra manter a lei, enquanto gangues selvagens de motociclistas foras da lei saqueiam, estupram e destroem tudo em seu caminho. Um desses oficiais, Max Rockatansky, perde a fé na justiça depois que sua melhor amiga, esposa e seu filho recém-nascido são vítimas da pior gangue de todas, liderada pelo Genghis Khan da terra desolada, o Toecutter.

Filmado durante 12 semanas nos arredores de Melbourne, com um orçamento modesto de 350.000 dólares australianos, a produção de Mad Max foi por vezes tão caótica e perigosa quanto o mundo retratado no filme. O diretor George Miller, que estava fazendo seu primeiro longa, reuniu todos os recursos imagináveis ​​fazendo sua obra. O nascimento de Mad Max esteve cheio de ossos quebrados, propulsores de foguetes militares e missões suicidas pra obter as cenas mais insanas e mais próximas da realidade possível. Eram homens de verdade fazendo acrobacias reais em carros reais que estavam a mais de 160 km/h. Claro que as acrobacias e perseguições de carros na sequência do novo Mad Max foram indiscutivelmente superiores, podem ser mais impressionantes, porém o filme teve muito mais apoio por trás dele, com mais de 10 vezes o orçamento da inicial e anos de desenvolvimento tecnológico.

Como Miller e sua equipe conseguiram? Vamos dar uma olhada nas 10 coisas que você não sabia sobre Mad Max .

1. O rosto arrebentado de Mel Gibson lhe deu o papel

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Mel Gibson, com 21 anos, só foi pra audição pra apoiar um de seus amigos, Steve Bisley, que ficou com o papel de Goose. Gibson se envolveu numa briga de bar na noite anterior e seu rosto estava uma bagunça, inchado e com hematomas. Vendo algo por trás das contusões, um dos agentes de elenco avistou Gibson maltratado e o convidou a voltar em três semanas porque eles precisavam de “malucos”. Três semanas depois, Gibso, já curado, voltou e encantou os cineastas com sua robustez bastante masculina. Pediram pra ele ler as falas de Max e você sabe o resto – a foto acima é de The Road Warrior, mas funciona para este tópico.

2. O diretor de arte era um ladrão

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O diretor de arte Jon Dowding e seu departamento de adereços tiveram que fazer a maior parte do filme com baixo orçamento – mesmo que isso significasse roubar um pouquinho. No comentário do DVD, Dowding confessa que roubou a maior parte dos adereços e placas da lojas de conveniência, onde Jessie vai pra tomar um sorvete. Ele roubou tudo no início da manhã, eles filmaram a cena e ele colocou tudo de volta durante a noite. Não se preocupe, Dowding faz um sincero pedido de desculpas nos comentários.

3. A cerveja foi a grande estrela no estúdio

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E eu não quero dizer que Mel Gibson ficou bêbado e discriminou os judeus. O diretor George Miller subornou um monte de gente pra trabalhar no filme com “placas” de cerveja. Na Austrália, uma caixa vem com 24 latas. Várias dessas foram usadas ​​pra pagar motoristas de ambulância, motoristas de trator e talvez alguns dos motociclistas também. Soa como um negócio justo pra mim.

4. Foi inspirado em vítimas de acidentes de carro

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O escritor e diretor George Miller usou uma inspiração horrível pra Mad Max. Miller foi estudante de medicina e completou sua residência num hospital de Sydney em 1972. Como médico no pronto-socorro, ele viu um fluxo constante de vítimas mutiladas por acidentes de carro. Estas mais tarde contribuiriam pra estética do universo de Mad Max. No filme, uma ambulância é chamada de “caminhão de carne”, um termo que Miller usava no pronto socorro. E você sabia que o Max tem um sobrenome? É Rockatansky, como Baron Carl von Rokatansky, o patologista que desenvolveu um procedimento pra remoção de órgãos internos na autópsia.

5. Sem Mad Max , não haveria Jogos Mortais

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No final de Mad Max vemos nosso anti-herói no modo de vingança completa. Depois de cuidar de Toecutter, Max finalmente alcança Johnny Boy, que está saqueando um carro acidentado. Max algema o tornozelo de Johnny no carro capotado, que está vazando gasolina. Ele equilibra um isqueiro perto do vazamento e joga pra Johnny um serrote – dando-lhe a “opção” entre o próprio tornozelo e as algemas, que ele certamente não consegue serrar antes do carro explodir. Soa familiar? Os criadores da série Jogos Mortais, James Wan e Leigh Whannell – australianos -, se inspiraram nessa cena final pra sua franquia.

6. Toecutter era um ator shakespeariano


É fácil dizer que o Toecutter é um ator shakespeariano de formação clássica, certo? O versátil ator Hugh Keays-Byrne nascido na Índia e criado na Inglaterra se mudou pra Austrália em 1973 com a Royal Shakespeare Company. Antes de Mad Max, ele atuou em filmes clássicos como Mad Dog e Stone ao lado de Dennis Hopper. Keays-Byrne também utilizou sua formação clássica em Mad Max – improvisando diferentes sotaques em quase todas as cenas e quando ameaçou May na casa de campo. Posteriormente, ele atuou em dois episódios de Farscape como o asqueroso empresário Grunchlk.

7. A frente do caminhão era falsa


Quando Toecutter se choca a toda velocidade contra o enorme caminhão no final e seus olhos literalmente se projetam pra fora de órbita, olhe de perto. Toda a frente do caminhão é um “escudo”. Miller pagou 50 dólares a um motorista de caminhão – e, provavelmente, uma caixa de cerveja – pra atropelar a moto do manequim de Toecutter, mas o motorista não quis sujar a frente do seu caminhão. Assim, Miller teve que fazer seu departamento de adereços pintar uma grande folha de metal pra se assemelhar aos faróis e tudo mais. Uma vez que você perceber – 1:08 no vídeo acima -, vai se odiar por não ter percebido antes. É maravilhosamente óbvio como a frente do caminhão é falsa, mas não é percebida por causa da brutalidade impressionante da colisão.

8. Foram usadas gangues de motociclistas reais

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Um monte de figurantes da equipe de Toecutter era de gangues de motociclistas de verdade – muitos deles realizavam as acrobacias, inclusive. O elenco recrutado em duas gangues locais chamadas “Vigilantes” e “Hell’s Angels. Miller ficou com medo de ser parado pela polícia porque eles foram convidados a se juntar à equipe usando seus uniformes – com armas e tudo. Pro caso de isso acontecer, ele deu aos motociclistas cartas que foram de declarações com o timbre do estúdio, explicando que os motociclistas eram figurantes. Um dos membros dos Vigilantes foi um cara que é atingido na cabeça com a moto durante o acidente na ponte. Não se preocupe, o motociclista se limpou e continuou a atirar.

9. O dublê fez o seu melhor trabalho com uma perna quebrada


O lendário dublê australiano Grant Page coordenou e executou manobras em dezenas de filmes nos anos 70 e 80, incluindo Enigma na Estrada, onde ele perseguia Jamie Lee Curtis, e Stuntrock, onde ele fazia acrobacias ridículas enquanto uma banda de rock brega, chamada Sorcery, tocava. Page teve um grande papel nas acrobacias de Mad Max – fazendo cenas com carros e motos.

Sua façanha no filme é saltar do Interceptor durante a perseguição de abertura do filme. Ainda mais difícil que o salto real do carro é o fato de que Page fez isso com uma perna quebrada.

Page estava a caminho do estúdio quando um trailer cortou sua motocicleta, levando-o a desviar por baixo das rodas do caminhão. Ele fez isso com segurança, mas a moto desabou sobre ele e quebrou sua perna. Depois disso, Page entrou no set e executou uma das acrobacias mais bonitas de todos os tempos. Na verdade, há mais de uma história de perna quebrada em Mad Max. Sheila Florance, a atriz que interpretou a idosa May, que segurava uma espingarda, tropeçou num buraco de coelho durante as filmagens e quebrou a perna. Ela engessou o quadril e estava no set no dia seguinte.

10. Colocaram um foguete militar no carro de Max

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Os dublês não são o que costumavam ser. Em Mad Max, o departamento de dublês destemido decidiu que seria uma boa ideia de colocar um foguete militar no carro – pronto pra acelerar antes de explodir numa bola de fogo gloriosa. Em sua primeira e única tentativa pra conseguir a cena, o foguete liberou quase 3 mil quilos de pressão em 1,8 segundos. Um carro girando em 180 graus a quase 150 km/h não é a coisa mais fácil de prever e acabou perseguindo a equipe de filmagem por quase metade de uma milha antes de atingir uma vala.

Depois de finalmente rebocarem o carro depois de dois dias, eles foram capazes de filmar a explosão. De jeito nenhum uma equipe seria capaz de fugir de um foguete militar num carro dublê hoje em dia. Eles teriam que se contentar com CGI a lá Michael Bay.

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