Confira famosos do passado e do presente que também foram diagnosticados com o vírus:
“São três letras difíceis de absorver. É um ponto de virada na vida de uma pessoa”, afirmou Charlie Sheen
em entrevista ao Today Show na terça-feira. O ator disse que descobriu
que era HIV positivo quatro anos atrás após ser hospitalizado depois de
uma série de fortes dores de cabeça. Ele ainda revelou que foi
chantageado inúmeras vezes ao longo desses anos e que gastou milhões
para que parceiras com quem ele teve sexo não vendessem a notícia para a
imprensa. Sheen ainda afirmou ser impossível que ele tenha contaminado
alguém no período. Em comunicado liberado logo depois, ele contou que
após o diagnóstico começou um tratamento rigoroso e intensivo e sua
carga viral se tornou indetectável rapidamente. “Aceito esta condição
não como uma maldição ou castigo, mas sim como uma oportunidade e um
desafio. Uma oportunidade de ajudar os outros. Um desafio de melhorar a
mim mesmo”, escreveu.
Anthony Perkins manteve a doença em segredo até sua
morte em 1992. “Muitos acreditam que essa doença é uma vingança de Deus,
mas eu acredito que foi enviada para ensinar pessoas a amar, entender e
ter compaixão uns pelos outros”, afirmou o ator em uma declaração
preparada pouco antes de seu falecimento. Segundo sua esposa, Berry
Berenson, o astro de ‘Psicose’ (1960) não queria que ninguém soubesse,
pois tinha medo de que não ofereceriam mais nenhum papel a ele e, por
isso, usava nomes falsos quando ia ao hospital. “Você pensa que esse
homem passou sua vida inteira dando prazer a muitas pessoas e essa é sua
recompensa. Ele não pôde nem ser si mesmo no fim”, disse ao jornal The
New York Times.
Freddie Mercury assumiu publicamente que tinha AIDS
apenas um dia antes de falecer, em novembro de 1991, devido a
complicações da doença. “Porque era tão estigmatizado, ele queria manter
de forma privada. Na época, era visto como uma praga”, disse o músico
Dave Clark, amigo de Mercury, ao Daily Mail. Segundo Clark, o cantor do
Queen havia tentado de tudo, mas decidiu parar com a medicação quando
ele percebeu que “a vida não era mais divertida”.
O jogador de basquete Magic Johnson anunciou que tinha
sido diagnosticado com HIV em 1991. Logo depois, ele decidiu se
aposentar para cuidar da saúde e se tornou porta-voz do assunto,
alertando para os perigos de se contrair o vírus e da necessidade de
prevenção. “Isso pode acontecer com qualquer um, todo mundo deve ter
cuidado”, afirmou. Em entrevista à rádio SiriusXM no ano passado,
Johnson, que agora está com 56 anos, fez questão de desmistificar a
ideia de que ele estava curado. “Só está adormecido no meu corpo. Os
medicamentos fizeram sua parte e eu estou fazendo a minha me exercitando
e tendo uma atitude positiva”.
Michael Jeter descobriu que era HIV positivo em 1996 e
um ano depois tornou pública sua condição. “Toda vez que um ator faz um
trabalho, ele precisa de um médico para assegurar que ele está saudável
para completar o filme. Os formulários que você preenche perguntam se
você está tratando alguma doença. Seria fácil dizer não, mas não quero
cometer fraude. Tenho HIV, mas estou perfeitamente saudável. Por que não
dizer isso?”, ele afirmou ao Sun Sentinel. Depois do diagnóstico, o
ator continuou trabalhando e participou de ‘Patch Adams: O Amor É
Contagioso’ (1998), ‘À Espera de Um Milagre’ (1999), ‘Jurassic Park III’
(2001), entre outros. Ele faleceu em 2003, aos 50 anos, depois de uma
convulsão.
O ator Danny Pintauro, que ficou famoso em Hollywood
por seu personagem na série ‘Who’s the Boss’ quando era criança, revelou
à apresentadora Oprah Winfrey em setembro que convive com o HIV há 12
anos. “Eu queria contar isso há muito tempo, mas não estava preparado”.
Atualmente com 39 anos, ele ainda disse que estava usando metanfetamina
na época do diagnóstico e agora se dedica à informar sobre a doença.
“Perdi a oportunidade de ser um farol de luz para todas os jovens gays
que estavam passando pelo que eu estava passando”.
Famoso por ter interpretado Jack Ewing na série ‘Dallas’ de 1985 a 1987, Dack Rambo
descobriu que havia contraído o vírus HIV em 1991, quando estava
gravando o seriado ‘Another World’. Após receber o resultado do exame
no set, ele decidiu abandonar a produção logo em seguida. À revista
People, ele afirmou: “Você imagina que o HIV é uma sentença de morte,
mas eu não acredito nisso no momento. Eu nunca me senti melhor”. Rambo
faleceu em 1994.
Eazy-E, nome artístico de Eric Lynn Wright, descobriu
que era HIV positivo em 1995, quando foi internado para tratar do que
pensava ser asma. Na época, o rapper disse em comunicado que estava
tornando público a situação para que milhares de jovens fãs aprendessem o
que era real sobre a AIDS. Criador do grupo N.W.A e considerado o
padrinho do “gangsta rap”, ele faleceu apenas alguns meses depois. A
história do sucesso e queda do grupo está em cartaz nos cinemas em
‘Straight Outta Compton’.
Rock Hudson foi o grande galã de Hollywood nas décadas
de 50 e 60. O ator descobriu que tinha AIDS após passar mal e ser
levado a um hospital em Paris em julho de 1985. Lá, ele recebeu a
medicação adequada, que ainda não estava disponível nos Estados Unidos, e
decidiu liberar um comunicado informando da doença. O diagnóstico de
Hudson colocou a AIDS em foco e começou a mudar um pouco a visão das
pessoas sobre o problema. Ele foi o primeiro grande astro de Hollywood a
morrer por complicações da doença em outubro do mesmo ano. Bruce
Decker, presidente na época do Comitê de Consulta sobre a AIDS da
Califórnia, disse: “Sua doença e morte moveram a luta contra a AIDS mais
em três meses do que qualquer coisa nos últimos três anos”. Após sua
morte, Elizabeth Taylor, que co-estrelou vários filmes com ele, se
dedicou a conscientizar e alertar sobre a condição, além de ajudar a
criar a Fundação Americana para a Pesquisa de AIDS (amfAR).
Considerada por muitos a primeira supermodelo, Gia Carangi
descobriu que era portadora do vírus HIV em 1984. Após anos de uso de
drogas e uma tentativa de reabilitação, Gia foi encontrada dormindo na
rua com muitos machucados e foi internada com suspeita de pneumonia.
Depois de exames de sangue, os médicos verificaram que ela tinha ARC, um
precursor da AIDS. A modelo morreu em 1986, com 26 anos, em decorrência
de complicações da doença.
Holly Johnson foi diagnosticado com HIV em 1991 e,
três anos depois, ele admitiu publicamente ter contraído o vírus em sua
autobiografia ‘A Bone In My Flute’. Na época, o ex-vocalista de Frankie
Goes to Hollywood deu um tempo da música. Ano passado, ele afirmou ao
The Guardian, que estava maravilhado de estar vivo depois de 24 anos do
diagnóstico. “Uma parte considerável do meu esforço vai para isso. Eu
vivo como uma freira. Não bebo, não fumo e tomo grandes quantidades de
vitaminas e medicamentos. Eu faço todo o possível para manter minha
saúde”. Em 2014, ele lançou um novo álbum, ‘Europa’, seu primeiro em 15
anos.
Amanda Blake, famosa por seu papel na série ‘Gunsmoke’
(1955-1975), desenvolveu câncer na garganta após anos como fumante e
teve que passar por uma cirurgia em 1977 por causa do problema. Então,
quando ela morreu em 1989, todos assumiram que tinha sido esse o motivo.
Mas um médico se apresentou depois e disse que a causa da morte foi
hepatite por citomegalovírus, doença associada à AIDS.
Liberace nunca divulgou que era portador do vírus HIV,
mas, após sua morte em 1987, o legista responsável pelo seu caso pediu
exames e descobriu que o pianista de 67 anos morreu em decorrência de
complicações da AIDS.
Tony Richardson faleceu em novembro de 1991 por
complicações relacionadas à AIDS. O pai das atrizes Joely e Natasha
Richardson e vencedor do Oscar de melhor direção por ‘As Aventuras de
Tom Jones’ em 1964 nunca revelou quando ele foi diagnosticado com a
doença.
Brad Davis descobriu que era HIV positivo em 1985,
mas, até sua morte seis anos depois, apenas poucas pessoas sabiam do
fato, afirmou sua esposa Susan Bluestein na época de seu falecimento.
Conhecido por ‘O Expresso da Meia-Noite’, o ator decidiu esconder a
condição por medo de discriminação na indústria. Susan disse que Davis
aparentemente tinha contraído o vírus por abuso de drogas. “Ele teve
algumas experiências compartilhando agulhas com pessoas que
posteriormente morreram de AIDS”. O ator faleceu em 1991 e, na época,
planejava escrever um livro para chamar a atenção para o assunto.
Tom Fogerty contraiu HIV de uma forma quase extinta
hoje: através de transfusões de sangue. O músico do grupo Creedence
Clearwater Revival faleceu em 1990 de tuberculose associada à AIDS.
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